Instituto Sorocabano de Programação Neurolinguística
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Níveis Neurológicos de Aprendizagem
O conceito de Níveis Neurológicos surgiu de um estudo sobre Níveis de Aprendizagem de Gregory Bateson, nesse estudo, Bateson descobriu que existem tipos de aprendizagem em níveis diferentes, sendo que alguns níveis se baseiam em aprender um comportamento condicionado, como uma âncora, e outros níveis se baseiam em aprender a aprender.
Robert Dilts adaptou esse conceito e definiu os níveis de aprendizagem, e em seguida desenvolveu os Níveis Neurológicos da PNL, que englobam todos os Níveis Lógicos (baseado nos conceitos de Bateson e de Bertrand Russell, que era matemático) dentro de seis níveis fundamentais (Níveis Neurológicos). Esses níveis de aprendizagem formam uma estrutura começando por Níveis Neurológicos superficiais e mais óbvios, e à medida que esses níveis vão se aprofundando, a percepção sobre eles vai ficando mais intangível e desafiante de ser identificada. Uma mudança num nível superficial irá gerar mudanças naquele nível, podendo, mas não necessariamente alterar os níveis superiores, porém, uma mudança nos níveis superiores invariavelmente irão alterar os níveis abaixo dele.
Os Níveis Neurológicos são, do mais superficial para o mais profundo:
Ambiente: Se baseia em restrições e oportunidades externas, principalmente relacionadas ao ambiente e ao tempo. Responde às perguntas “Quando?” e “Onde?”.
Comportamento: Ações e Reações, se não houver um planejamento, estratégia, mapa mental, os comportamentos seguem a “programação”, nesse caso são apenas reflexos, rituais e manias. Responde à pergunta “O quê?”.
Capacidade: As capacidades são as estratégias, mapas mentais ou planos que dão direcionamento aos Comportamentos. Responde à pergunta “Como?”.
Crenças e Valores: São nossas verdades e aquilo que buscamos. Esse nível “libera” ou “bloqueia” nossas capacidades, e nos dão ou não motivação. Responde à pergunta “Por quê?”.
Identidade: Esse nível representa o que nós somos, nosso senso de “eu” e nossa missão. Responde à pergunta “quem?”.
Espiritual: Pode ser definido como um “Campo Relacional”, no qual todas as identidades se agrupam. Também compreende tudo aquilo que vai além da identidade. Podendo ser sistemas familiares, profissionais, religiosos, esportivos, políticos e quaisquer outras afiliações. Também compreende nosso senso de pertencer a algo maior, como Deus, Cosmos, Universo, Natureza ou quaisquer outros nomes dados a esse Algo Maior. Responde à pergunta “Para quem?”, “Para que?” ou “Quem mais?”.
Pirâmide dos Níveis Neurológicos
Nos trabalhos com Programação Neurolinguística, é de extrema importância identificar em qual nível um determinado sintoma se encontra, para tornar possível sua resolução.
Os Níveis Neurológicos também são úteis em processos de aprendizagem. Para se efetuar uma modelagem de sucesso, por exemplo, deve-se identificar o que está ocorrendo em cada um desses níveis.
As pessoas falam respondendo aos “níveis” diferentes, por exemplo, uma pessoa pode dizer que algo foi bom em um nível e ruim em outro. Ou pode dizer que é um mau aluno em matemática por ter tirado nota baixa em uma prova, mesmo que essa nota tenha sido causada por uma falta de concentração devido à quantidade de barulhos na sala, ou seja, uma interferência no nível de Ambiente pode fazer a pessoa generalizar aquilo no nível de identidade.
Ambiente
O Ambiente representa aquilo que nossos sentidos são capazes de captar e representar, o que podemos ver, ouvir, sentir, cheirar e degustar. No ambiente estão contidas nossas restrições e oportunidades, que podem ter a ver com o espaço, tempo, quantidade de pessoas. Ambientes também podem ser “julgados”, como costumamos ouvir pessoas falando sobre ambientes seguros, ou ambientes hostis, etc. O Ambiente é o “quando” e o “onde” de um espaço problema. Ou seja, os fatores que estão relacionados ao contexto. O nível do Ambiente não se refere ao “mundo real físico” e sim à nossa percepção do mundo.
Comportamentos
Nossos Comportamentos acontecem no ambiente. São coisas que fazemos e que também podem ser observadas ou filmadas. O que fazemos, o que falamos pertencem ao nível dos comportamentos. Como já dito, os comportamentos podem ser meramente um reflexo de algum estímulo gerado pelo ambiente, nesse caso dizemos que esse comportamento não possui uma estratégia ou mapa mental.
Outro tipo de comportamento é aquele que possui uma estratégia, ou mapa mental. Essas estratégias estão no nível das Capacidades. Elas representam o que uma pessoa é capaz de fazer, ou não. Nossas capacidades direcionam nossos comportamentos. São tanto nossas estratégias mentais, as imagens que visualizamos antes de fazer uma coisa, ou os sons que ouvimos e dizemos pra nós mesmos, ou os recursos ou estados internos que nos colocamos em determinados momentos. Criar imagens mentais, sons ou sensações de situações que já ocorreram ou que ainda não ocorreram também estão no nível de capacidades.
Crenças
As Crenças são nossas verdades e as coisas que consideramos importantes sobre algum assunto. Quando dizemos algo parecido com “tenho que…”, “isso significa que…” ou “isso causa…” estamos falando sobre crenças. Elas não são necessariamente uma regra que ocorre em nível do ambiente. É mais como uma expectativa sobre algo.
Valores
Os Valores são as coisas que buscamos ou tentamos evitar quando tomamos uma decisão. Uma pessoa pode dizer que para ele o que há de mais importante é a saúde, ou a família, ou a riqueza. Esses conceitos são os valores. Todas as pessoas possuem uma escala de valores e graus de importância que determinam quais escolhas irão tomar. Nossas Crenças podem ser limitantes ou fortalecedoras. Por exemplo quando acreditamos que algo é impossível, não conseguiremos desenvolver ou desbloquear nossas capacidades de forma que as capacidades gerem um comportamento daquele tipo em um determinado ambiente. Também podemos acreditar que mesmo que algo seja possível, não é possível para nós, ou que não somos merecedores daquilo. As crenças são algo que vão além do pensamento.
Identidade
Nossa Identidade envolve questões mais profundas. A forma que nos vemos como pessoa e nossa missão. A identidade consolida todo o sistema de crenças e valores num senso de self (eu). Durante nossa vida, possuímos muitas identidades (papéis), como profissão, condição social, gênero, ideologias políticas, nacionalidade, etc. Cada uma das nossas identidades possui um sistema de Crenças e Valores, que são inerentes àquela identidade. Nosso senso de identidade, desde bebês é formado muito antes das nossas crenças e mapas e estratégias mentais. É nossa forma especial de estar no mundo.
Espiritual
O Espiritual compreende não apenas nossa espiritualidade como religião, mas sim sistemas que vão além dos nossos papéis, crenças e valores, estratégias, comportamentos e ambientes. Em quantos sistemas estamos envolvidos? Familiares, Profissionais, Religiosos, etc. Quando pensamos no nível Espiritual nos referimos à forma como influenciamos e somos influenciados pelo sistema. De várias formas, e em praticamente todos os momentos, estamos influenciando e sendo influenciados por algo que vai além de nós mesmos.
Como um exemplo dos Níveis Neurológicos, podemos pensar num relojoeiro. Ele precisa observar as características do relógio que deve ser arrumado e quanto tempo ele pode dispor para isso (ambiente). Ele precisa utilizar principalmente as mãos para manusear ferramentas, abrir o relógio, substituir peças por outras (comportamento), mas para saber o que ele deve substituir, ele precisa conhecer o relógio, saber em qual sequência executar esses passos, quanto de força aplicar para não danificar (capacidades), respeitar o cliente, saber que é importante executar aquele trabalho da melhor forma, saber que há consequências caso o trabalho não seja feito corretamente (crenças e valores), ser um relojoeiro (identidade).
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