Atualmente tanto o Marketing quanto as linhas politico-ideológicas lançam mão de várias artimanhas e técnicas de influência para conquistar seguidores leais, que irão lutar com unhas e dentes para defender uma causa ou utilizar um produto ao invés de outros.
Alguns exemplos básicos são utilizar modelos (pessoas) atraentes, elegantes, com alto status financeiro e social para te oferecer tanto um produto quanto uma causa para defender.
Muitas pessoas observam essas propagandas e, mesmo que estejam aderindo ao produto ou causa, acham que estão fazendo aquela escolha por conta própria, e dizem “Eu sei que não vou ser igual ao George Clooney só por usar esse relógio!”. Isso realmente é uma das primeiras coisas que pensamos, eles querem que você tente parecer aquele artista, mas na verdade a influência é um pouco mais delicada e você não percebe.
Quando “compramos” o que quer que seja, independente de haver alguém atraente ou não nos vendendo estamos comprando para sentir que pertencemos ao mesmo “grupo de pessoas” que utilizam aquilo, tentando acreditar e fazer os outros acreditarem que pertencemos àquele grupo, e isso nos gera influência em outros níveis, como nossas crenças sobre assuntos em comum dentro daquele grupo (passamos a tomar como verdade as coisas que aquele grupo acredito), além de passar a valorizar o que aquele grupo valoriza, e ter comportamentos parecidos.
Em geral, fazendo isso também nos declaramos “inimigos” de um grupo diferente do nosso.
Sempre se lembrem dessa regra:
Todas as pessoas buscam justificativas racionais para as escolhas que fizeram. É isso que as propagandas, marketing, ou simplesmente linhas ideológicas tentam nos dar.
Vou repetir com outras palavras:
Nós buscamos justificativas para não admitir que estamos sendo influenciados!
Quando criamos esses “grupos antagonistas”, geralmente damos nomes generalizados para eles. Dessa forma os tratamos de forma impessoal. Isso faz com que não os vejamos como humanos e não sintamos empatia por eles. Palavras como nordestinos, negros, judeus, e atualmente “coxinhas” e “petralhas” nos fazem pensar em pessoas como se elas fossem “o grupo”, perdendo totalmente sua identidade. Hitler se referia aos judeus como “ratos”, e é mais fácil você dizer que seu grupo deve exterminar os ratos, do que dizer que seu grupo deve matar o Sr. Goldman.
5 Formas de evitar sofrer influência e manipulação
(Retiradas do livro “Quando você faz o que eu quero” de Henrik Fexeus, escrito com minhas próprias palavras)
- Cuidado com pessoas que tentam criar grupos (associações, equipes, famílias) e dizer que você pertente àquele grupo Esses grupos funcionam da forma que citei acima, recebendo vários tipos de influência sutis.
- Foque nos seus objetivos, no que é importante e valioso para você. Não pense na imagem que você quer transmitir.
- Nunca aposte tudo que você tem no grupo ao qual você pertence. Isso é um caminho sem volta para o fanatismo. Se você assume inteiramente que faz parte de um grupo, o que acontece quando aquele grupo inteiro começa a ser criticado? Provavelmente você começará a se sentir criticado também e não saberá como sair dessa situação. Podendo, inclusive, recorrer a atitudes violentas e ficam sem capacidade de agir racionalmente.
- Procure encontrar opiniões, objetivos, crenças e valores em comum com pessoas que não pertencem ao seu grupo. Isso diminui as “fronteiras” e a influência que você recebe do seu grupo, e fica mais fácil entrar em acordos. Um dos problemas em assumir fortemente a identidade do seu grupo, é que você irá “precisar” manter algumas opiniões a qualquer custo, mesmo que não tenha tantos argumentos para tal (o que provavelmente te fará focar mais em criticar os grupos rivais do que defender as suas opiniões).
- Olhe para as pessoas que não são membros do seu grupo como indivíduos particulares e únicos. Não os trate com uma generalização como se eles “fossem” o grupo.
Algumas pessoas ficam tão envolvidas com suas próprias opiniões e crenças, que elas acabam assumindo isso como se fosse parte de si. Vamos imaginar que uma pessoa acredita que gnomos sempre a ajudaram na vida.
Em vários momentos ela “pediu” ajuda para os gnomos, e quando aquilo deu certo, a conclusão dela é que foram os gnomos. Ela passa a depender dessa crença, acreditando tanto nisso quanto acredita que ela mesma é um ser humano e que o sol vai raiar no dia seguinte.
Quando ela percebe que alguém duvida ou questiona a existência dos gnomos, aquilo afeta tanto a pessoa, como se ela estivesse recebido as piores ofensas possíveis sobre ela mesma, o que a faz defender essa opinião e atacar a outra pessoa com unhas e dentes.
Comece a ficar atento sobre o tipo de opiniões que você está defendendo. Nem precisa pensar sobre suas opiniões, mas quando você defende uma ideia.
Você sente que está realmente defendendo:
a) A ideia?
b) Você mesmo (sua pessoa)?
c) Um grupo de pessoas?
Isso te ajudará a entender porque você pode estar negando e reforçando tanto algumas informações.
Espero que este arquivo seja significativo. Aprenda a perceber os diversos níveis de influência sutil e nos informe o que acha sobre este assunto, e o que mais percebe, mesmo que não esteja neste artigo.
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