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Culpa e Vergonha sob uma visão prática da PNL

Culpa e Vergonha

A vergonha e a culpa, assim como todas as outras emoções e comportamentos, possuem uma intenção positiva, como a PNL diz em um dos seus pressupostos.

Vamos entender um pouco sobre isso.


Este artigo será um pouco mais curto que os anteriores, pois quero ir “direto ao assunto” e falar fatos sobre vergonha e a culpa que podem nos gerar alguns processos simples de auto conhecimento e aprendizagem.

Culpa e vergonha são sensações que geram arrependimento, e se dão quando acreditamos ter feito algo que não deveríamos ter feito, ou que não fizemos algo que deveríamos ter feito. 

Nesses casos, vêm a emoção de vergonha e/ou culpa, que geralmente tem como finalidade nos ensinar alguma coisa ou tentar nos fazer reparar um erro, quando possível.

Nestes casos, o fato de nos desculpar e aprender com os erros passados fará com que essas emoções cessem.

O problema é que em alguns momentos, a vergonha e a culpa estão associados com uma crença de falta de merecimento de algo, por exemplo, sentir vergonha do lugar em que mora, e acreditar que não merece morar num lugar melhor, isso gera um “auto flagelo”. 

Em outros momentos, a vergonha e a culpa podem estar associadas à intenção de demonstrar aos outros que não queríamos ter feito aquilo, para conseguir algum tipo de solidariedade ou atenção, e as pessoas ficam tentando nos “consolar”.


No primeiro caso, deve-se trabalhar a questão com o merecimento para conseguir superar a vergonha ou a culpa, no segundo, deve-se observar que enquanto essas sensações estiverem “funcionando” para conseguir aquele tipo de atenção, a pessoa não terá a aprendizagem necessária para seguir em frente.

Uma das possíveis características das pessoas que vivenciam estados depressivos é ter culpa e vergonha por coisas que vão além da sua responsabilidade.

Algumas pessoas sentem culpa ou vergonha do que elas acham que outras pessoas pensam sobre elas.

Outras pessoas sentem culpa ou vergonha pelo que outros amigos ou parentes fizeram (a famosa “vergonha alheia” é um exemplo disso).

A questão aqui é que sentir culpa e vergonha pelo que achamos que outras pessoas pensam da gente é uma grande confusão, pois nunca sabemos exatamente o que outras pessoas estão pensando, e quase sempre estamos errados sobre isso!

Na PNL, o ato de julgar saber o que outras pessoas pensam ou sentem é chamado de “alucinação” ou “leitura mental”.

E é comum na maioria das pessoas, principalmente aquelas pessoas que dizem “mas eu conheço ele/ela e sei o que pensa!”.

No segundo caso, da pessoa que se culpa pelas atitudes de outras pessoas, essa pessoa está simplesmente tirando o direito e a soberania da outra pessoa de ser responsável pelos próprios atos.

O que fazer então?

A PNL tem algumas técnicas para trabalhar com isso, mas quero dizer algumas coisas que são aplicadas facilmente para a maioria das pessoas, e caso você tenha dificuldade, procure um profissional que atue com PNL Sistêmica para te ajudar.

Em primeiro lugar, considerando que são questões que envolvem valores, verifique se aqueles valores que foram violados continuam sendo importantes para você.

Provavelmente você não sente mais vergonha sobre algo errado que fez quando tinha 10 anos e que fez os amigos de escola rirem de você, pois alguma parte sua identificou que os valores (coisas importantes) sobre aquilo não são mais prioridade atualmente.

Verifique se você não está priorizando mais os valores das outras pessoas para decidir como você deve se sentir.

Em segundo lugar, saiba que em alguns momentos, você pode ter se colocado numa situação em que havia uma decisão que poderia violar um de seus valores para satisfazer o outro, e você pode sentir culpa ou vergonha por ter violado esse valor.

Se naquele momento você fez essa opção, foi por ter visto uma importância maior no valor que você satisfez.

Por exemplo: Você viu seu irmão fazendo algo errado e contou para os seus pais, provavelmente você tem alguns valores que são importantes para você como “amizade e confiança”, e também o valor “educação” e “respeito”.

Provavelmente, neste ato você sente culpa por ter violado a amizade e confiança, mas quando pensa que isso a longo prazo satisfazer o quesito educação e respeito, pode sentir que fez uma boa escolha.

Ainda assim, você pode achar adequado se desculpar com seu irmão e explicar seu ponto de vista para ele.

Resumindo, perceba que foi uma escolha, a melhor escolha que você poderia ter feito naquele momento.

E em terceiro lugar, simplesmente se permita honrar o que você julga que pode ter sido um erro, reconheça que aquilo foi feito.

Honrar não é idolatrar e gostar de ter feito aquilo, mas sim aceitar reconhecer que aquilo aconteceu e você está disposto a aprender com esse erro.

Tenha sempre em mente que todas as pessoas sempre fazem a melhor escolha que estava disponível para elas, naquele momento, com aquele estado de espírito, padrões emocionais e no contexto específico.

Clique aqui para acessar algumas formas de mudança de estado interno.

Espero que o artigo tenha te agregado algumas ideias sobre culpa e vergonha.

O livro Essência da Mente trás outras visões diferentes sobre os assuntos deste artigo.

Deixe agora um comentário sobre como você faz para superar essas emoções e lidar melhor com elas.
Abraços!

Bruno Gianolla

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